Rasga-me as palavras

Corvos na noite chamam por mim. De telhado em telhado, de sonho em sonho, fujo de mim.

Onde fica essa terra de ninguém?

Uma vez alguém me disse para deixar de fugir do mundo.
Então, eu fugi. Olho as pessoas da minha janela,e culpo a ataraxia que se apodera insidiosamente de mim,num sopro constante de vida.

Como elas vão e voltam, vão e voltam, vão e voltam,gostava que não voltassem.
Nado, deixo-me mergulhar na loucura dos homens a água morna embala-me, envolve-me,
fode-me.

A loucura.

- esconde-me bem fundo na solidão -





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