A Menina que Roubava Livros
Markus Zusak - 2006
A morte narra, a gente lê. O narrador não é onisciente, mas é bem mais capaz que nós.
A morte narra, a gente lê. O narrador não é onisciente, mas é bem mais capaz que nós.
Ele é a Morte. Sim essa que nos leva ou retira de nossos corpos.
Agradável ler o que ela nos entrega, o que escolhe ser o importante. Essa história da menina... essa história!
Estamos fartos, exaustos e lotados até a última potência de nossos seres de retratos da Segunda Guerra. Há filmes, livros, documentários, revistas e demais publicações sobre o assunto e ele nunca se esgota, sempre se transborda. Não pela falta de assunto, mas por nossa óbvia canseira. Estamos cansados de ler, ouvir e saber de relatos, principalmente da Segunda Guerra.
Mas espere aí. É a Morte quem narra, a menina é abandonada pela mãe comunista, e o irmão morre em seus braços, isso para começar o livro. Enfim, sabemos que o livro não vai ser alegre. Lógico e é permeado por reflexões da própria ceifadora.
O livro é, no final, sobre a inocência humana, profunda na criança, superficial no adulto. Seja na hora de aprender a ler, seja na hora de ensinar, seja na hora de ter esperanças contra todas as possibilidades e seja na hora de tentar viver no meio do nada, do caos.
A ladra de livros se movia, entre um furto e outro, com o peso nas costas. Um peso muito grande, muitas coisas, muitos sofrimentos, e nada melhor que a inocência para livrá-la de definhar, de desistir de lutar, ela tinha uma razão. As palavras.
Inocência e as palavras, é tudo o que o livro é. Seja na presença delas, seja na falta. Vezes faltam palavras para se dizer o que se quer, vezes se diz demais. Vezes falta maturidade para não ser quem se é, e vezes sobra inocência para ser somente quem se é. Se isso foi compreendido, o livro é delicioso. Triste, mas delicioso, diria deliciosamente triste.
Somos eu e você ali no livro. No virar das páginas, uma carta de amor que você escreveu, que foi lida no silencio da solidão do outro. Uma vontade agarrada e jogada fora por falta de coragem. Pequenas ações, pequenas verdades que vão para o túmulo com a gente, esses momentos de puro humanismo... são os que importam, são os mais miúdos de todos. E o livro é permeado deles.
Ajuda muito a fluidez da escrita, a intermitência do tamanho das frases e parágrafos nos dá o ritmo que devemos ler e compreender o que está sendo dito. Uma frase simples para dizer algo simples. Uma explicação para algo que é simples por fora, mas complexo internamente. A Morte escolhe o que relatar e como, de seu ponto de vista, de seu olhar sobre aquela coisa toda, os seres humanos a tocam, ela toca os seres humanos, quando ela os toca, eles já não são mais seres e enquanto os seres são, ela não os consegue tocar.
Ela é simpática, guardou o livro da ladra e contou a história dela, não a história inteira, mas o pedaço crucial, o momento de maior dificuldade. Aprender a ler em meio a Guerra, guardar segredos perigosíssimos, conviver com pessoas tão díspares, roubar livros, a pequena Liesel é digna de nota, e a Morte sabia disso.
A vida é miserável, o clima é variado, as adversidades imensas, mas aquelas pessoas conseguem continuar vivendo, convivendo e sobrevivendo. São três coisas distintas, muito bem descritas ao longo da história.
Sobreviver. Tempos difíceis, judeus são escorraçados e o nível de vida cai muito, detalhe para que na rua Himmel o nível já não era bom antes. A comida era racionada, e cada um passava o tempo da melhor maneira possível, inclusive para disfarçar a fome. Alguns enrolavam cigarros, outros davam safanões em todos que viam, outros roubavam coisas.
Conviver. Ações e reações. Muitas das vezes são elas que nos enaltecem, muitas outras são elas que nos derrubam, dão-nos rasteiras e, além disso, temos que continuar a conviver com elas e com o mundo, e isso se torna principalmente difícil no ambiente proposto pela história.
Viver. Essa sim a mais difícil e complicada de todas. Nos breves momentos em que as pessoas conseguiam esquecer o que os rodeavam e quem as rodeava, em um momento elas conseguiam viver, seja tocando um acordeão, seja escrevendo páginas de presente a outrem, seja estimando a vida de outra, seja roubando livros. Essas pequenas coisinhas nos levam de um dia a outro.
O livro não nos faz apreciar mais àquelas pessoas por estarem na situação que estão. Cada situação é única e as pessoas se viram como podem para poder sobre e conviver, buscando os momentos da vida. Mas sim nos faz ver como cada universo humano, cada pessoinha, é um turbilhão de vetores de todas as naturezas e muitas vezes fazemos coisas, vivemos coisas, que são demais para nós mesmos, às vezes.
Mesclando formas de narrativa diversas, inserindo histórias na história, elementos figurativos e demais variáveis, nos dá uma visão toda particular da mutiplicidade de formas a que se pode expressar o que se quer dizer e se uma história dentro da história seria um elemento plausível ao longo da narrativa ela é usada para passar a mensagem desejada pela própria história inteira.
A certa altura a Morte, sim ela mesma, diz o seguinte “Os seres humanos me assombram”. Se a Morte diz isso, é porque a coisa realmente é mais estranha que parece. Geralmente a morte nos assombra de modo bizarro, e praticamente tudo que fazemos, fazemos para escapar da morte, mas como visto, como lido, a morte nunca nos escapa ela sempre vai nos encarar face a face e sempre perdemos, essa é a graça da vida e a desgraça dela mesma. Praticamente tudo não tem sentido, já que morremos. E por morrermos tudo têm que ter um sentido, afinal somo humanos, meros humanos tentando passar de um dia a outro da melhor maneira possível. Mas no fim, quer ver a morte? “Olhe no espelho”.
Fonte: Leandro Diniz
Agradável ler o que ela nos entrega, o que escolhe ser o importante. Essa história da menina... essa história!
Estamos fartos, exaustos e lotados até a última potência de nossos seres de retratos da Segunda Guerra. Há filmes, livros, documentários, revistas e demais publicações sobre o assunto e ele nunca se esgota, sempre se transborda. Não pela falta de assunto, mas por nossa óbvia canseira. Estamos cansados de ler, ouvir e saber de relatos, principalmente da Segunda Guerra.
Mas espere aí. É a Morte quem narra, a menina é abandonada pela mãe comunista, e o irmão morre em seus braços, isso para começar o livro. Enfim, sabemos que o livro não vai ser alegre. Lógico e é permeado por reflexões da própria ceifadora.
O livro é, no final, sobre a inocência humana, profunda na criança, superficial no adulto. Seja na hora de aprender a ler, seja na hora de ensinar, seja na hora de ter esperanças contra todas as possibilidades e seja na hora de tentar viver no meio do nada, do caos.
A ladra de livros se movia, entre um furto e outro, com o peso nas costas. Um peso muito grande, muitas coisas, muitos sofrimentos, e nada melhor que a inocência para livrá-la de definhar, de desistir de lutar, ela tinha uma razão. As palavras.
Inocência e as palavras, é tudo o que o livro é. Seja na presença delas, seja na falta. Vezes faltam palavras para se dizer o que se quer, vezes se diz demais. Vezes falta maturidade para não ser quem se é, e vezes sobra inocência para ser somente quem se é. Se isso foi compreendido, o livro é delicioso. Triste, mas delicioso, diria deliciosamente triste.
Somos eu e você ali no livro. No virar das páginas, uma carta de amor que você escreveu, que foi lida no silencio da solidão do outro. Uma vontade agarrada e jogada fora por falta de coragem. Pequenas ações, pequenas verdades que vão para o túmulo com a gente, esses momentos de puro humanismo... são os que importam, são os mais miúdos de todos. E o livro é permeado deles.
Ajuda muito a fluidez da escrita, a intermitência do tamanho das frases e parágrafos nos dá o ritmo que devemos ler e compreender o que está sendo dito. Uma frase simples para dizer algo simples. Uma explicação para algo que é simples por fora, mas complexo internamente. A Morte escolhe o que relatar e como, de seu ponto de vista, de seu olhar sobre aquela coisa toda, os seres humanos a tocam, ela toca os seres humanos, quando ela os toca, eles já não são mais seres e enquanto os seres são, ela não os consegue tocar.
Ela é simpática, guardou o livro da ladra e contou a história dela, não a história inteira, mas o pedaço crucial, o momento de maior dificuldade. Aprender a ler em meio a Guerra, guardar segredos perigosíssimos, conviver com pessoas tão díspares, roubar livros, a pequena Liesel é digna de nota, e a Morte sabia disso.
A vida é miserável, o clima é variado, as adversidades imensas, mas aquelas pessoas conseguem continuar vivendo, convivendo e sobrevivendo. São três coisas distintas, muito bem descritas ao longo da história.
Sobreviver. Tempos difíceis, judeus são escorraçados e o nível de vida cai muito, detalhe para que na rua Himmel o nível já não era bom antes. A comida era racionada, e cada um passava o tempo da melhor maneira possível, inclusive para disfarçar a fome. Alguns enrolavam cigarros, outros davam safanões em todos que viam, outros roubavam coisas.
Conviver. Ações e reações. Muitas das vezes são elas que nos enaltecem, muitas outras são elas que nos derrubam, dão-nos rasteiras e, além disso, temos que continuar a conviver com elas e com o mundo, e isso se torna principalmente difícil no ambiente proposto pela história.
Viver. Essa sim a mais difícil e complicada de todas. Nos breves momentos em que as pessoas conseguiam esquecer o que os rodeavam e quem as rodeava, em um momento elas conseguiam viver, seja tocando um acordeão, seja escrevendo páginas de presente a outrem, seja estimando a vida de outra, seja roubando livros. Essas pequenas coisinhas nos levam de um dia a outro.
O livro não nos faz apreciar mais àquelas pessoas por estarem na situação que estão. Cada situação é única e as pessoas se viram como podem para poder sobre e conviver, buscando os momentos da vida. Mas sim nos faz ver como cada universo humano, cada pessoinha, é um turbilhão de vetores de todas as naturezas e muitas vezes fazemos coisas, vivemos coisas, que são demais para nós mesmos, às vezes.
Mesclando formas de narrativa diversas, inserindo histórias na história, elementos figurativos e demais variáveis, nos dá uma visão toda particular da mutiplicidade de formas a que se pode expressar o que se quer dizer e se uma história dentro da história seria um elemento plausível ao longo da narrativa ela é usada para passar a mensagem desejada pela própria história inteira.
A certa altura a Morte, sim ela mesma, diz o seguinte “Os seres humanos me assombram”. Se a Morte diz isso, é porque a coisa realmente é mais estranha que parece. Geralmente a morte nos assombra de modo bizarro, e praticamente tudo que fazemos, fazemos para escapar da morte, mas como visto, como lido, a morte nunca nos escapa ela sempre vai nos encarar face a face e sempre perdemos, essa é a graça da vida e a desgraça dela mesma. Praticamente tudo não tem sentido, já que morremos. E por morrermos tudo têm que ter um sentido, afinal somo humanos, meros humanos tentando passar de um dia a outro da melhor maneira possível. Mas no fim, quer ver a morte? “Olhe no espelho”.
Fonte: Leandro Diniz
por Brenda Braz
Verdade seja dita. Eu não sou como você esperava. Eu não sou uma loira-barbie pra te acompanhar nas festas jet-setters que você freqüenta. Eu não tenho um par de peitos de 300ml de silicone em cada um. Não tenho uma bunda de 102cm de diâmetro como a da Juliana Paes.
Eu sou muito mais do que você espera. Muito mais do que você agüentaria. E talvez até mais do que você merece.Porque eu sou fiel aos meus sentimentos. Vou estar com você quando eu realmente quiser estar. Vou te ligar quando eu quiser falar com você. Porque eu não passo vontade. E nem vou passar vontade de você. Não vou fazer joguinho. Eu me entrego mesmo. Assim. Na lata. Eu abro meu coração. Rasgo o verbo. Me dou em prosa. E se te disser que não te quero, meu olhar vai me desmentir na tua frente. Porque eu falo antes de pensar. Eu falo até sem sequer pensar. Eu penso falando. E se estou com você, aí, não penso duas vezes. Não penso em nada. Não quero mais nada.
Então, não perca seu tempo comigo. Eu não sou um corpo que você achou na noite. Eu não sou uma boca que precisa ser beijada por outra qualquer. Eu não preciso do seu dinheiro. Muito menos do seu carro. Mas, talvez, eu precise dos seus braços fortes. Das suas mãos quentes. Do seu colo pra eu me deitar. Do seu conselho quando meu lado menina não souber o que fazer do meu futuro. Eu não vou te pedir nada. Não vou te cobrar aquilo que você não pode me dar. Mas uma coisa, eu exijo.
Quando estiver comigo, seja todo você. Corpo e alma. Às vezes, mais alma. Às vezes, mais corpo. Mas, por favor, não me apareça pela metade. Não me venha com falsas promessas. Eu não me iludo com presentes caros. Não, eu não estou à venda. Eu não quero saber onde você mora. Desde que você saiba o caminho da minha casa. Eu não quero saber quanto você ganha. Quero saber se ganha o dia quando está comigo.Você não vai me ver mentir. Desista. Mentiria sobre a cor do meu cabelo. Sobre minha altura.
Até sobre meus planos para o futuro. Mas não vou mentir sobre o que eu sinto. Nem sob tortura. Posso mentir sobre minha noite anterior. Sobre minha viagem inesquecível. Mas não agüentaria mentir sobre você por um segundo. Não na sua cara. Mentiria pras minhas amigas sobre a sua beleza. Diria que tem corpo de atleta e um quê de Don Juan (mesmo sabendo que elas iriam descobrir a farsa depois). Mas não me faça mentir e dizer que não te quero. Que eu não estou na sua. Não me obrigue a jogar. Não me obrigue a dizer “não” quando eu quiser dizer “sim”.
Não me faça tirar você da minha vida porque meu coração ainda acelera quando você me liga. Insisto. Não perca seu tempo comigo. Porque eu não quero entrar no seu carro se não puder entrar na sua vida. Não me conte seu passado se eu não puder viver seu presente. Não faça planos comigo se não me incluir no seu futuro. Não me apresente seus amigos se, amanhã, vou virar só mais uma. Poupe-me do trabalho de adivinhar seus pensamentos.
Diga que me quer apenas quando for verdade. Diga que está com saudade apenas se sentir minha falta do seu lado. Peça minha companhia quando não desejar só meu corpo. Ligue-me quando tiver algo pra dizer. Mas, por favor, me desligue quando não estiver mais afim de mim...
Fonte: ........:::: aTé oNDe Vai ::::........
Verdade seja dita. Eu não sou como você esperava. Eu não sou uma loira-barbie pra te acompanhar nas festas jet-setters que você freqüenta. Eu não tenho um par de peitos de 300ml de silicone em cada um. Não tenho uma bunda de 102cm de diâmetro como a da Juliana Paes.
Eu sou muito mais do que você espera. Muito mais do que você agüentaria. E talvez até mais do que você merece.Porque eu sou fiel aos meus sentimentos. Vou estar com você quando eu realmente quiser estar. Vou te ligar quando eu quiser falar com você. Porque eu não passo vontade. E nem vou passar vontade de você. Não vou fazer joguinho. Eu me entrego mesmo. Assim. Na lata. Eu abro meu coração. Rasgo o verbo. Me dou em prosa. E se te disser que não te quero, meu olhar vai me desmentir na tua frente. Porque eu falo antes de pensar. Eu falo até sem sequer pensar. Eu penso falando. E se estou com você, aí, não penso duas vezes. Não penso em nada. Não quero mais nada.
Então, não perca seu tempo comigo. Eu não sou um corpo que você achou na noite. Eu não sou uma boca que precisa ser beijada por outra qualquer. Eu não preciso do seu dinheiro. Muito menos do seu carro. Mas, talvez, eu precise dos seus braços fortes. Das suas mãos quentes. Do seu colo pra eu me deitar. Do seu conselho quando meu lado menina não souber o que fazer do meu futuro. Eu não vou te pedir nada. Não vou te cobrar aquilo que você não pode me dar. Mas uma coisa, eu exijo.
Quando estiver comigo, seja todo você. Corpo e alma. Às vezes, mais alma. Às vezes, mais corpo. Mas, por favor, não me apareça pela metade. Não me venha com falsas promessas. Eu não me iludo com presentes caros. Não, eu não estou à venda. Eu não quero saber onde você mora. Desde que você saiba o caminho da minha casa. Eu não quero saber quanto você ganha. Quero saber se ganha o dia quando está comigo.Você não vai me ver mentir. Desista. Mentiria sobre a cor do meu cabelo. Sobre minha altura.
Até sobre meus planos para o futuro. Mas não vou mentir sobre o que eu sinto. Nem sob tortura. Posso mentir sobre minha noite anterior. Sobre minha viagem inesquecível. Mas não agüentaria mentir sobre você por um segundo. Não na sua cara. Mentiria pras minhas amigas sobre a sua beleza. Diria que tem corpo de atleta e um quê de Don Juan (mesmo sabendo que elas iriam descobrir a farsa depois). Mas não me faça mentir e dizer que não te quero. Que eu não estou na sua. Não me obrigue a jogar. Não me obrigue a dizer “não” quando eu quiser dizer “sim”.
Não me faça tirar você da minha vida porque meu coração ainda acelera quando você me liga. Insisto. Não perca seu tempo comigo. Porque eu não quero entrar no seu carro se não puder entrar na sua vida. Não me conte seu passado se eu não puder viver seu presente. Não faça planos comigo se não me incluir no seu futuro. Não me apresente seus amigos se, amanhã, vou virar só mais uma. Poupe-me do trabalho de adivinhar seus pensamentos.
Diga que me quer apenas quando for verdade. Diga que está com saudade apenas se sentir minha falta do seu lado. Peça minha companhia quando não desejar só meu corpo. Ligue-me quando tiver algo pra dizer. Mas, por favor, me desligue quando não estiver mais afim de mim...
Fonte: ........:::: aTé oNDe Vai ::::........
Para quem está desempregado, no desespero, e para começar com o pé direito em 2008, nada melhor do que saber que haverá vários concursos previstos para 2008.
Serão milhares de vagas de emprego bem remunerados disponíveis em 2008, basta passar em um desses concursos relacionados abaixo. Haverá vagas para os níveis fundamental, médio, técnico e superior.
É bom já começar a estudar, pois a maioria dos concursos ocorrerá no primeiro semestre de 2008.
Lista dos concursos previstos para 2008:
http://jcconcursos.uol.com.br/
BOA SORTE A TODOS!