Querido, pela mãe do guarda, não me faça te pegar nojo!!!
Ainda tem coragem de me ligar, todo formal, e dizer: "Estou ficando noivo. Não ligue mais pra mim".
Deu vontade de esquecer quem sou e mandar ele praquele lugar. Há séculos que não falo com a criatura que mora longe de mim léguas, não tenho notícias, não reclamo atenção, tinha apenas uma consideração como amigo, e agora vem com essa de me ligar em pleno horário comercial, me atrapalhar durante o trabalho pra pedir um idiotice dessas!
A última vez que falei com a pessoa, há dois meses atrás, nem namorando estava mais, e agora já vai ficar noivo, dando uma de monogâmico, correto e fiel? Pra cima de "moá"? Poupe-me! Agora, claro que atenderei o pedido, quem sou eu pra atrapalhar o casamento de alguém?
Mas farei melhor, quando encontrar faço de conta que não conheço, se cruzar na rua mudo de calçada, porque a partir de hoje apagarei qualquer sentimento ou recordação de amizade que um dia tive. E seja bem feliz! Mas o que eu podia esperar de uma pessoa que aos 27 anos de idade ainda continua sendo chamando pelo apelido de infância?
Definitivamente, peguei nojo!
apoio: sempre soberana
Se esquecem de que a paixão não é um sentimento unilateral e só existe quando vivida a dois. Voltando: por que as mulheres se apaixonam tanto? Um olhar mais demorado, um telefonema na hora certa, um aperto no braço, e lá estão elas, desvairadas, prontas para qualquer loucura - quando eles permitem, é claro.
Homens odeiam responsabilidades e, quando são pressionados, costumam se sair com a frase clássica: "Mas eu nunca te prometi nada". Prometeu, sim, só não disse as palavras - porque o amigo advogado avisou. Antes de conseguirem o que mais querem - e todo mundo sabe o quê -, eles fazem de tudo (e as mulheres sabem desde os 3 anos de idade que quanto mais tempo demorarem para entrar no motel maiores são as chances de que a coisa dure). Eles dizem, olho no olho, que nunca sentiram nada de parecido por mulher alguma, e elas - nós, aliás - acreditam em tudo. Mesmo assim, costumamos pedir que jurem, o que eles fazem com a maior facilidade, e aí vamos aos píncaros da felicidade. Como, em momentos de tal gravidade, alguém seria capaz de mentir? Se um homem quiser ter uma escrava a seus pés, basta que no dia seguinte à primeira transa mande flores dizendo, por escrito, tudo que ela gostaria de ouvir, que é apenas o de sempre. Só que ultimamente os homens têm verdadeiro pavor de ter uma mulher a seus pés, e o que costuma acontecer é desaparecerem no famoso dia seguinte para que não se caracterize nenhum vínculo.
É dura a vida. Por mais que os tempos tenham mudado, o objetivo supremo da maioria das mulheres é ser feliz no amor. Por mais bem-sucedidas que sejam na carreira, por maiores que sejam suas glórias pessoais, se for preciso escolher entre um príncipe encantado e o resto do mundo, elas hesitam. A culpa é dos filmes e romances que, durante séculos, terminaram com a frase "e foram felizes para sempre". Tudo bem que a mulher mudou, mas ter uma carreira passou a ser importante sobretudo porque precisa se sustentar. Nunca se ouviu falar de alguma que, apaixonada, tenha dispensado o namorado para ir almoçar com uma amiga no shopping. Já eles fazem isso o tempo todo - ou você já ouviu falar de um homem normal que tenha deixado de ir ao futebol porque está apaixonado?
O coração dos homens bate diferente do das mulheres, é ilusão pensar que isso vai mudar. As mulheres lutaram para se emancipar e conquistar seus direitos, mas continuam sonhando com o amor; os homens já nasceram emancipados, com todos os direitos, e não querem ouvir falar de amor.
E assim fica difícil.
Conversando com Danuza (Revista Cláudia 24 de maio 2007)
Uma mulher foi renovar a sua carteira de motorista. Pediram-lhe para informar qual era a sua profissão. Ela hesitou, sem saber bem como se classificar.
- "O que eu pergunto é se tem um trabalho", insistiu o funcionário.
- "Claro que tenho um trabalho", exclamou.
- "Sou mãe!".
- "Nós não consideramos "mãe" um trabalho.
Vou colocar"Dona de casa", disse o funcionário friamente. Não voltei a lembrar-me desta história até o dia em que me encontrei em situação idêntica. A pessoa que me atendeu era obviamente uma funcionária de carreira, segura, eficiente, dona da situação, perguntou: Qual é a sua ocupação? Não sei o que me fez dizer isto, as palavras simplesmente saltaram-me da boca para fora:
"Sou Doutora em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas."
A funcionária fez uma pausa, a caneta de tinta permanente a apontar para o
ar e olhou-me como quem diz que não ouviu bem. Eu repeti pausadamente, enfatizando as palavras mais significativas. Então reparei, maravilhada, como ela ia escrevendo, com tinta preta, no questionário oficial.
Posso perguntar, disse-me ela com novo interesse, o que faz exatamente?
Calmamente, sem qualquer traço de agitação na voz, ouvi-me responder:
"Desenvolvo um programa a longo prazo (qualquer mãe faz isso), em laboratório e no campo experimental (normalmente eu teria dito dentro e fora de casa). Sou responsável por uma equipe (minha família), e já recebi quatro projetos ( todas meninas).
Trabalho em regime de dedicação exclusiva (alguma mulher discorda???), o grau de exigência é em nível de 14 horas por dia (para não dizer 24 horas).
Houve um crescente tom de respeito na voz da funcionária que acabou de preencher o formulário, se levantou e, pessoalmente me abriu a porta.
Quando cheguei em casa, com o título da minha carteira erguido, fui recebida pela minha equipe: uma com 13 anos, outra com 7 e outra com 3anos. Do andar de cima, pude ouvir o meu novo experimento (um bebê de seis meses), testando uma nova tonalidade de voz.
Senti-me triunfante!Maternidade... que carreira gloriosa!
Assim, as avós deviam ser chamadas "Doutora-Sênior em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas".
As bisavós:"Doutora- Executiva- Sênior".
E as tias:"Doutora - Assistente".
Uma homenagem carinhosa a todas as mulheres, mães, esposas, amigas,
companheiras: Doutoras na Arte de fazer a vida melhor !!!